quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Climate Change Policy and IISD comment on our Biodiesel in the Amazon Paper




News

ICRAF Releases Paper on Biodiesel in the Amazon


November 2010: The World Agroforestry Centre (ICRAF) has released a working
paper titled "Biodiesel in the Amazon,"
which addresses the approaches taken by Brazilian Federal and state governments
to consider the social and environmental sustainability of soybean and palm oil production in the Amazon.
The paper provides a literature review of agroenergy policy in the Amazon.
It highlights that, though federal and state governments are taking studies into account,
palm oil developments will need improved policy and monitoring. ICRAF is a member of the
Consultative Group on International Agricultural Research (CGIAR). [ICRAF Study]

The Brazilian Biodiesel Program and Family farmers: what is the social inclusion reality in the Brazilian Savannah?

e-ISSN 1983-4063 - www.agro.ufg.br/pat - Pesq. Agropec. Trop., Goiânia, v. 40, n. 4, p. 430-438, out./dez. 2010 

Marcus Vinicius Alves Finco2, WernerDdoppler3 
ABSTRACT 
RESUMO 
Biofuel production has been greatly discussed in Brazil. 
In 2004, some debates led the country to develop new policies 
and implement the National Biodiesel use and Production 
Program (PNPB), with the intent to increase the share of 
renewable energy and foster rural development. In this context, 
the present study aims to assess the linkages between family 
farmers living standard and the adoption of oil seed activity in 
the Tocantins State, in a region of transition between the Cerrado 
(Brazilian savannah) and the Amazon rain forest. ranges of 
socio-economic indicators were collected among smallholders 
who cultivate Jatropha curcas and Ricinus communis. A factor 
analysis based on living standard criteria and a non-linear 
probit model were applied to assess the inclusion of poor rural 
families in the biodiesel chain. Preliminary results point towards 
a positive relation between the family degree of deprivation 
and adoption of oil seed activity, for the Ricinus communis 
production, and a negative relation, for the Jatropha curcas 
production. 
Key-WordS: Brazilian biodiesel program; family farmers; 
social inclusion; Cerrado. 

A produção de biocombustíveis tem sido fortemente 
discutida no Brasil, levando o País a desenvolver políticas e 
implementar, no ano de 2004, o Programa Nacional de Produção 
e Uso de Biodiesel (PNPB), a fim de aumentar a participação de 
energias renováveis, bem como fomentar o desenvolvimento 
rural. Neste contexto, o presente estudo busca avaliar a relação 
entre a condição de vida dos agricultores e a adoção do cultivo de 
oleaginosas no estado do Tocantins, em uma região de transição 
entre o cerrado e a floresta Amazônica. uma gama de indicadores 
socioeconômicos foram coletados entre os agricultores que 
cultivam pinhão manso e mamona. Análise fatorial baseada na 
condição de vida dos agricultores e um modelo não-linear probit 
foram utilizados para avaliar a inclusão de famílias rurais pobres 
na cadeia do biodiesel. os resultados preliminares mostram uma 
relação positiva entre o nível de privação da família e a adoção do 
cultivo de oleaginosas, no caso da produção de Ricinus communis
e uma relação negativa, no caso da produção de Jatropha curcas. 
PAlAvrAS-chAve: Programa Brasileiro de Biodiesel; 
agricultores familiares; inclusão social; cerrado.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

NUGOBIO: Reunião nesta sexta-feira dia 03/12/12, 15hs

Caros colegas do NUGOBIO,

Iremos nos reunir na sexta-feira dia 03/12/12, às 15 horas, para dar continuidade às nossas atividades, e fechar o balanço do semestre (sala em definição).
 
Teremos a presença do doutorando Martin Obermaier que irá apresentar alguns resultados das pesquisas sobre mudança climática e vulnerabilidade/adaptação, e sobre biodiesel/mamona que vem desenvolvendo na UFRJ/COPPE/LIMA.
Recomendamos ler um de seus artigos, que está anexado, cujo resumo está postado no blog do NUGOBIO e pode ser encontrado no link de publicações do grupo.
Nesta reunião iremos também discutir as possibilidades de colaboração em pesquisa e publicação em 2011. 

Contamos com a sua presença.

Um abraço a  todos e bom fim de semestre
(Happy Thanksgiving to some of you)


Renata
--
Prof. Renata Marson Teixeira de Andrade, PhD
Coordenadora do Núcleo de Governança de Biocombustíveis e Mudança Climática
http://nugobio.blogspot.com
Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental
Universidade Católica de Brasília
http://mestradopga.ucb.br
SGAN 916 Campus 2 Sala A 222
Brasília, DF
70790.916 Brasil
tel 55 61 34487171, 34487146
Departamento de Engenharia Ambiental
Campus 1, Taguatinga
http://araucb.blogspot.com


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

International Workshop on Carbon markets in Emerging Economies

International Workshop on Carbon markets in Emerging Economies

22 November 2010

University of São Paulo, Brazil


Co-sponsored by:

· Institute for Advanced Studies, Universidade de São Paulo, Brazil

· Office of International Programs, Universidade de São Paulo, Brazil

· US National Science Foundation

Motivation

International climate policy is increasingly favoring the use of emissions trading systems to reduce the emissions that lead to climate change. The world’s largest and most rapidly developing economies—including Brazil, India, South Korea, and China—are therefore likely to experience increasing carbon prices via expansion of domestic and international greenhouse gas markets. Yet this rapid change remains largely unstudied in the emerging economies, with little systematic investigation of the process by which firms enter and participate in carbon markets in different country or sectoral contexts. This workshop seeks to examine this process in greater detail in the Brazilian context, and invites scholars, students, and practitioners with an interest in business response to carbon markets.

The workshop has two goals: First, to advance scholarship and understanding in areas of business investment decisions under international carbon markets in emerging economies; and second, to enhance the international network of scholars, researchers, and practitioners. Please note that English will be the official language for the conference.

Program

08.30 Registration

09.00 Welcome

Profs. Nathan Hultman, Simone Pulver, and Sergio Pacca

09.10 Opening Keynote

Prof Gylvan Filho, Institute for Advanced Study, Universidade de São Paulo (Confirmed)

10:00 Panel 1 CDM in Brazil (3 x 15 minutes each + comment).

The first panel focuses on CDM experiences in Brazil, drawing from diverse perspectives.

· Panelists

o Prof José Roberto Moreira, MGM (TBC)

o Prof Lars Friberg, Swedish Embassy, Washington DC (Confirmed)

o Ms Branca Bastos Americano, Secretary of Global Climate, Ministrry of Environment (TBC)

· Moderator: Prof Sergio Pacca

· Dr José Migues, (Invited), General Coordinator on Global Climate Change, Ministry of Science & Technology

11:15 Coffee

11:30 Panel 2: Business perspectives on carbon markets in Brazil

This panel assembles experts from different industries and the carbon markets in Brazil.

· Panelists

o Mr Celso Zannato – CrystalSev (TBC)

o Ms Patricia Montenegro – Votorantim Cimentos (TBC)

o Prof Nathan Hultman

o Mr Bunge – ATA (TBC)

· Moderator: TBD

· Commentator: Mr Marco Antonio Fujihara – Key Associados (Confirmed)

13:00 Lunch for participants

· High level speaker

o Ms Christiana Figueres (Costa Rica), Executive Secretary of UNFCCC (TBC)

14:00 Panel 3: CDM experiences in other countries and implications for Brazil

This panel investigates similarities and differences in other countries

· Panelists

o Prof. Simone Pulver (topic: India)

o Dr. John Cole (China/Brazil) TBC

o Mr John Kilani (Germany). Representative from Climate Change Secretariat tasked with CDM, TBC

o Pedro

15:30 Coffee

16:00 Panel 4: Reforming the CDM at the international level

This panel discusses new approaches to reforming the project based system and also prospects for different approaches such as sectoral CDM.

· Panelists

o Prof. Jose Goldemberg, Universidade de São Paulo

o Prof. Emilio la Rovere, Federal University of Rio de Janeiro (TBC)

o Ms Thelma Krug, INPE

· Moderator: Prof Nathan Hultman

· Commentator: (TBC)

17:30 Concluding Remarks

19:00 Dinner for speakers and steering committee


Steering Committee

Prof. Nathan Hultman

School of Public Policy

University of Maryland USA

Prof. Simone Pulver

Department of Environmental Studies

University of Califórnia, Santa Barbara USA

Prof. Adnei Melges de Andrade

Office of International Programs

Universidade de São Paulo, Brazil


Prof. Sergio Pacca

School of Arts, Sciences, and Humanities

Universidade de São Paulo, Brazil

Premio Top Etanol 2010

Para aqueles trabalhando com etanol no NUGOBIO,
um prêmio!

Dividido nas categorias Graduação e Pós-graduação Lato Sensu; Teses e Dissertações dos cursos de pós-graduação Stricto Sensu; e Trabalhos Acadêmicos Publicados, tem como objetivo estimular a pesquisa e a elaboração de trabalhos técnicos sobre temas de agroenergia e/ou a interação existente entre a agroenergia e o meio ambiente, promovendo o entendimento da importância do consumo de energias derivadas da biomassa e ampliando a compreensão e o conhecimento sobre os benefícios ambientais e econômicos decorrentes da utilização desses produtos.

Premio Top Etanol

domingo, 21 de novembro de 2010

Bioenergy Economics: an analysis of oil seed farming and biodiesel production in the Brazilian Savannah

Mais uma publicação de peso do grupo NUGOBIO!
Parabéns, Marcus!!!

Universidade alemã publica pesquisa de professor da UFT
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Por Samuel Lima
18 de novembro de 2010
O resultado de uma tese de doutorado sobre análise da produção de biocombustíveis, inclusão social e impacto no meio ambiente do cerrado tocantinense, de autoria do professor Marcus Vinícius Alves Finco, do colegiado de Administração da UFT, foi publicada em livro no final do mês passado pela Margraf Publishers - editora alemã.

A tese foi realizada no Instituto de Economia Agrícola da Universidade de Hohenheim (Alemanha), e intitula-se "Bioenergy Economics: an analysis of oil seed farming and biodiesel production in the Brazilian savannah" (Economia da Bioenergia: uma análise da produção de biodiesel e de sementes oleaginosas no Cerrado brasileiro).

finco_livro.jpgSegundo o professor Finco, o livro aborda aspectos econômicos da produção de biocombustíveis "utilizando a lógica dos conjuntos fuzzy, modelos estatísticos e econométricos e pesquisa operacional através de programação matemática". Finco complementa que apesar do foco econômico, o livro trata também de questões sociais e ambientais. "Esta análise é realizada à luz das metas do Programa nacional de produção e uso do biodiesel (PNPB), lançado em 2004 pelo governo federal". Ele aponta que são poucos os estudos que se aprofundam na avaliação da eficácia do Programa, "sobretudo com relação à meta da inclusão social, geração de renda pros agricultores, impactos nas mudanças climáticas e na produção local de alimentos", diz.

Pesquisa - De acordo com os estudos do professor Finco, foram estudadas plantações de pinhão manso e mamona (na agricultura familiar) e de girassol (em fazendas voltadas para agribusiness). Para o estudo foram feitas entrevistas e aplicados questionários para cerca de 130 agricultores de grande escala, abrangendo 12 municípios das regiões centro e sul do Tocantins. "A pesquisa de campo foi realizada entre abril e setembro de 2008. Somado a isso, as duas usinas de biodiesel do Tocantins, a Brasil Ecodiesel e a Biotins Energia foram visitadas, e uma análise regional da produção de biodiesel foi realizada levando em conta geração de empregos, custos e logística", contou Finco.

Segundo Finco, um dos objetivos do trabalho foi analisar a relação entre a produção de sementes oleaginosas pelos agricultores familiares e a geração de renda, a inclusão social, impacto nas mudanças climáticas e na segurança alimentar dos agricultores. "Os resultados mostram que a margem bruta das sementes oleaginosas é menor que os cultivos tradicionais, como milho, arroz e mandioca, por exemplo. Os principais motivos para isso ocorrer são que as oleaginosas (mamona e pinhão manso) têm baixa produtividade, somado ao preço que elas são compradas pelas empresas de biodiesel", conta.

Ele explica que a inclusão social tem ocorrido, de fato, com a produção de mamona. Já com a produção através do pinhão manso, não. Ele diz que os agricultores de mamona são menos favorecidos, daí ocorre a inclusão de forma mais acentuada. "Já os que cultivam pinhão manso são agricultores mais consolidados, com acesso a mercados e com maior portfolio e recurso. Portanto, no caso do pinhão manso, o PNPB não está sendo eficaz na meta da inclusão social", diz o pesquisador.

Sugestões
Em seu livro, Finco sugere medidas para que se busque o ponto ideal para a inclusão dos agricultores familiares na cadeia do biodiesel e ao mesmo tempo gerar renda.

Para ele, é preciso concentrar esforços para que o preço da semente (no caso pinhão manso) comprado pelas empresas seja aumentado - isso garantiria a oferta de sementes e ao mesmo tempo o sucesso econômico dos agricultores; no caso da mamona, Finco sugere que sejam tomadas ações no sentido de aumentar a produtividade, para gerar renda e promover uma maior inclusão dos agricultores.

"Com base nisso, é imperativo que o governo brasileiro concentre-se em uma política mais focada nas atuais deficiências do PNPB, visando a superação das mesmas e a máxima eficácia do programa", finaliza o pesquisador.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Artigo sobre capacidade adaptativa no Semi-árido nordestino do Brasil




Acabou de sair o artigo "Enhancing adaptive capacity to climate change" na revista inglesa Environmental Science & Policy, no qual parte do grupo do NUGOBIO analisa a questão de "como pode-se reduzir a vulnerabilidade de pequenos agricultores frente às mudanças climáticas".

O estudo se baseia no projeto de campo Adapta Sertão na região de Pintadas, Bahia, que trabalha nas três vertentes de (1) criar consciência sobre os impactos das mudanças climáticas, (2) difundir tecnologias apropriadas e assistência técnica, e (3) fortalecer a dinamização social local.

O artigo também chama atenção para a melhor integração de políticas de desenvolvimento com projetos de adaptação.para aumentar a resiliência local. 

O artigo inteiro está disponível em www.sciencedirect.com.



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Nosso grupo no BiodieselBR.com

Estudo analisa produção de biodiesele dendê na Amazônia

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segunda, 18 outubro 2010 . BiodieselBR.com

Anuário da Indústria do Biodiesel 2004 - 2009

O Centro Mundial Agroflorestal (Icraf, na sigla em inglês) acaba de publicar um estudo técnico sobre os potenciais impactos positivos e negativos do cultivo de dendê e da produção de biodiesel na Amazônia. O estudo faz parte de um projeto de pesquisa do Núcleo de Governança de Biocombustível e Mudanças Climáticas (Nugobio), da Universidade Católica de Brasília (UCB), onde participam professores e pesquisadores de várias universidades do Brasil e dos Estados Unidos.

Segundo os autores do estudo, um dos maiores desafios é garantir que a produção de óleo de palma seja efetivamente implementada em terras degradadas, garantindo o acesso à terra, conservando a biodiversidade, a segurança alimentar, e preservando direitos humanos e trabalhistas. O estudo foi conduzido por Renata Marson Teixeira de Andrade, professora da UCB e coordenadora do Nugobio, e André Miccolis, diretor do Instituto Sálvia e do ComSensos Consultoria.

“O cultivo de dendê na Amazônia não é essa panacéia toda que o governo está mostrando”, diz Miccolis. Ele alerta para o risco de a dendeicultura aumentar os desmatamentos e inflacionar o preço da terra. Apesar de ser considerada pelo governo uma atividade capaz de conter o fluxo migratório das populações rurais para os centros urbanos, a atividade pode forçar os pequenos agricultores a venderem seus lotes, resultando na concentração de terras nas mãos de latifundiários.

O estudo foi elaborado em abril de 2009 e, portanto, não analisou o recém lançado Programa de Produção Susténtável da Palma de Óleo, nem as iniciativas da Vale e da Petrobras Biocombustível, que iniciaram fomento ao cultivo de dendê no Pará para a produção debiodiesel. O foco do programa federal é aproveitar terras degradadas da Amazônia e as boas condições climáticas para tornar o país o maior produtor de óleo de palma do mundo, sem repetir o modelo predatório de produção de países como Indonésia e Malásia. “O governo está tentando mitigar o problema ambiental. Mas uma coisa é falar que o dendê só pode ser plantado em áreas degradadas. Outra coisa é verificar isso em campo”, diz.

De acordo com o zoneamento agroecológico da palma, o país possui cerca de 32 milhões de hectares de áreas desmatadas com aptidão para a expansão da cultura. Além da disponibilidade de terras, será necessário observar a logística da produção. As áreas produtivas não podem estar longe das unidades de extração de óleo, porque os frutos precisam ser processados até 24 horas após a colheita. “Baseado em nossa experiência na região, é difícil achar áreas degradadas próximas umas das outras”, diz Miccolis.

Os autores da pesquisa alertam que o dendê não é a única oleaginosa que representa potencial de risco para a Amazônia. Segundo eles, a soja obrigatoriamente irá continuar a desempenhar um papel central na produção nacional de biodiesel e por isso pode continuar tendo impactos ambientais e sociais na Amazônia. “No entanto, o atual quadro político brasileiro, juntamente com as iniciativas privadas liderado pelo setor, tais como a Moratória da Soja, e a pressão dos mercados internacionais para uma soja mais ‘verde’, aparentemente tendem a impedir a expansão da soja para as fronteiras do bioma amazônico”, diz o estudo.

Estudo de caso
O primeiro obstáculo para o biodiesel de dendê é de ordem econômica. O óleo tem outros usos mais nobres, e a indústria de alimentos e de cosméticos costumam pagar preços melhores. “Chamamos isso de alto custo de oportunidade”, diz Miccolis. A Agropalma, atualmente a única empresa que produz biodiesel a partir de palma na Amazônia, não utiliza o óleo e sim a borra, um subproduto do refino.

O modelo de produção da empresa, realizado em parceria com a agricultura familiar na região, foi utilizado como estudo de caso. Verificou-se que a área dedicada ao cultivo da palmácea (geralmente com 6 a 10 hectares por produtor, e que muitas vezes é toda terra disponível para agricultura) consome grande parte do tempo e dos recursos dos agricultores familiares. “O manejo – roçado, rebaixamento, poda, colheita – exige mão-de-obra intensiva”. Como resultado, não foi possível consorciar a produção de dendê com outras culturas (como a mandioca, feijão, verduras e frutas), nem nos primeiros anos. Isso prejudicou a segurança alimentar e a diversificação da produção, dificultando os meios de subsistência dos pesquenos agricultores.

“A experiência com a Agropalma mostrou que os contratos não se mostraram muito favoráveis para os produtores”, observa. Os contratos normalmente exigem que os produtores vendam exclusivamente para a mesma empresa por 25 anos (o tempo de vida útil das palmeiras em plantações comerciais). Mesmo com o longo período de carência para pagar os empréstimos, os elevados custos de implementação da cultura leva os agricultores ao endividamento durante vários anos, já que o auge da produção de frutos só começa depois de sete anos.

No entanto, ele ressalta que o consórcio com culturas alimentares, como mandioca, abacaxi, banana, maracujá e cacau, é altamente viável, especialmente nos cinco primeiros anos, enquanto as copas das palmeiras não estão fechadas.

A produção de um combustível renovável e mais limpo sempre foi uma necessidade para a Amazônia, que é refém do óleo diesel para a geração de energia elétrica. “Apesar dos empecilhos, o dendê apresenta grande potencial, principalmente em comunidades ribeirinhas e indígenas isoladas, onde o preço do diesel, mesmo subsidiado pelo governo, é muito caro, assim como a geração de outras alternativas de energia”, diz Miccolis, que destaca a necessidade de mais pesquisas para viabilizar a implantação de micro biorrefinarias e sistemas agroflorestais.

Veja quais são as potenciais vantagens e desvantagens da produção de óleo de palma no Brasil:

Vantagens:
* Os rendimentos são muito elevados. Cerca de cinco toneladas de óleo por hectare plantado podem ser esperadas de palmeiras maduras, dez vezes maior do que outras oleaginosas.

* A produção mostra um balanço energético favorável (a relação entre a energia produzida e a energia consumida), e as árvores permanecem viáveis comercialmente por 25 anos.

* As árvores são bem adaptadas aos trópicos úmidos, com elevada capacidade de seqüestro de carbono e de produção de matéria orgânica. Isso deve contribuir para compensar os efeitos das emissões de gases causadores do efeito de estufa e, ao mesmo tempo, reduzir a erosão do solo.

* O sistema de cultivo utiliza muita mão-de-obra e por isso tem um elevado potencial para criar empregos e gerar renda.

* O consórcio com culturas alimentares é altamente viável, especialmente nos primeiros anos, enquanto as palmas ainda estão imaturas. Isso pode ajudar a estabelecer sistemas agrícolas mais diversificados.

Desvantagens:
* O óleo deve ser extraído dentro de 24 horas após a colheita dos frutos, caso contrário ele fica rançoso. Unidades para processamento devem ser localizadas próximas às plantações.

* Para serem economicamente viável, plantações de pequena escala devem ser localizadas próximas umas das outras para facilitar a logística de transporte e garantir o abastecimento suficiente de frutos para as unidades de extração.

* Produção de palma pode forçar a concentração da terra e resultar em diminuição da produção de culturas alimentares. Isso poderia comprometer a segurança alimentar e ampliar as vulnerabilidades das comunidades locais.

Alice Duarte – BiodieselBR.com

domingo, 24 de outubro de 2010

Novas publicações no grupo

Segue o nosso trabalho sobre biodiesel na Amazonia publicado pelo ICRAF

ICID+18 Mudanças Climáticas e adaptação

A professora Renata Andrade e o consultor -pesquisador Andrew Miccolis participaram do ICID+18 em Agosto de 2010, Fortaleza, com apoio do MCT - CGEE e o ICARUS- University of Illinois Urbana. No último dia da conferência, as recomendações do ICARUS de novas políticas para a questão da adaptação amudança climática foram apresentadas pela professora Renata, representando a posição da rede internacional que estuda adaptação a mudança climatica sob o ponto de vista das ciências sociais.
Estas recomendações serão levadas a COP 16.



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reunião do NUGOBIO 22/10, sexta-feira 14:30 sala 222

Olá todos do NUGOBIO,

Vocês estão convidados para assistir e participar de um simulado ao exame de qualificação da Carol no dia 22/10 às 14:30hs, Campus II. Ela irá fazer seu exame de qualificação no dia 28/10. Título: Governança Sócioambiental no Setor Sucroalcooleiro Brasileiro. Estudo de caso Cosan 2006-2010.
Iremos também ver os resultados da pesquisa de campo da Cristina e discutir planos de publicação para os mestrandos.

Um forte abraço,

Renata Marson.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Certificação na Indústria Sucroalcooleira - SGA ISO 14.000

Título: Certificação na Indústria Sucroalcooleira: Jalles Machado, GO.
Reunião: Cesar Almeida
Apresentação do Mestrado
Dia 09/04/10, horário 14h 30min

O cultivo da cana-de-açúcar é uma das culturas do agronegócio de elevada importância socioeconômica para o Brasil, compõe-se de um dos mais antigos setores agroindustriais do país e ocupa posição privilegiada no agronegócio. Importância essa que é atribuída à sua múltipla utilização, como geração de produtos, subprodutos e co-produtos, podendo ser “in natura” ou sob a forma de produto semi-industrializado ou acabado.

A inovação tecnológica da cultura da cana-de-açúcar no Brasil recebeu grande avanço com poderosos processos de transformação dos recursos naturais, uso e reuso das matérias-primas (primárias e/ou secundárias). Com aplicação de ecoeficiência em novas metodologias direciona um avanço em tempo real na destinação de efluentes hídricos, resíduos sólidos que podem ser inseridos ou embutidos em novas fases do processo de produção agroindustrial.

Para a implantação de novas tecnologias em ecoeficiência, bem como a elevação da escala produtiva, o agronegócio acentuou a importância ambiental, implementando a certificação e rotulagem aos complexos problemas inerentes à atividade sucroalcooleira. Assim, a preocupação com a gestão do meio ambiente deixou de ser função exclusiva de proteção, passando a tornar-se uma função da alta administração, contemplada na estrutura organizacional dentro da Governança Coorporativa da organização, corroborada pela implementação do Sistema de Gestão Ambiental – SGA.

Cesar Almeida
Engenharia Ambiental
Mestrado em Planejamento e Gestão Ambiental