Mais uma publicação de peso do grupo NUGOBIO! Parabéns, Marcus!!! Universidade alemã publica pesquisa de professor da UFT |
Por Samuel Lima | ||
18 de novembro de 2010 | ||
O resultado de uma tese de doutorado sobre análise da produção de biocombustíveis, inclusão social e impacto no meio ambiente do cerrado tocantinense, de autoria do professor Marcus Vinícius Alves Finco, do colegiado de Administração da UFT, foi publicada em livro no final do mês passado pela Margraf Publishers - editora alemã. A tese foi realizada no Instituto de Economia Agrícola da Universidade de Hohenheim (Alemanha), e intitula-se "Bioenergy Economics: an analysis of oil seed farming and biodiesel production in the Brazilian savannah" (Economia da Bioenergia: uma análise da produção de biodiesel e de sementes oleaginosas no Cerrado brasileiro). Pesquisa - De acordo com os estudos do professor Finco, foram estudadas plantações de pinhão manso e mamona (na agricultura familiar) e de girassol (em fazendas voltadas para agribusiness). Para o estudo foram feitas entrevistas e aplicados questionários para cerca de 130 agricultores de grande escala, abrangendo 12 municípios das regiões centro e sul do Tocantins. "A pesquisa de campo foi realizada entre abril e setembro de 2008. Somado a isso, as duas usinas de biodiesel do Tocantins, a Brasil Ecodiesel e a Biotins Energia foram visitadas, e uma análise regional da produção de biodiesel foi realizada levando em conta geração de empregos, custos e logística", contou Finco. Segundo Finco, um dos objetivos do trabalho foi analisar a relação entre a produção de sementes oleaginosas pelos agricultores familiares e a geração de renda, a inclusão social, impacto nas mudanças climáticas e na segurança alimentar dos agricultores. "Os resultados mostram que a margem bruta das sementes oleaginosas é menor que os cultivos tradicionais, como milho, arroz e mandioca, por exemplo. Os principais motivos para isso ocorrer são que as oleaginosas (mamona e pinhão manso) têm baixa produtividade, somado ao preço que elas são compradas pelas empresas de biodiesel", conta. Ele explica que a inclusão social tem ocorrido, de fato, com a produção de mamona. Já com a produção através do pinhão manso, não. Ele diz que os agricultores de mamona são menos favorecidos, daí ocorre a inclusão de forma mais acentuada. "Já os que cultivam pinhão manso são agricultores mais consolidados, com acesso a mercados e com maior portfolio e recurso. Portanto, no caso do pinhão manso, o PNPB não está sendo eficaz na meta da inclusão social", diz o pesquisador.
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