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Pesquisadores da UFT e Yale mapearão cadeias produtivas agroenergéticas do TO |
Por Jaqueline Carrara | |
23 de agosto de 2011 | |
Uma pesquisa da Universidade Federal do Tocantins (UFT), com participação do Centro de Estudos Ambientais da Universidade de Yale (EUA), fará um diagnóstico de todas as etapas da cadeia produtiva agroenergética do Tocantins, do plantio das sementes à produção do biocombustível e de seus derivados. A primeira reunião do grupo de pesquisadores, formado pelos professores da UFT Marcus Finco, Waldecy Rodrigues e Fernanda Finco, além de Robert Bailis (Yale), foi realizada nesta segunda-feira (22) no Campus de Palmas.
O objetivo do estudo é produzir um mapeamento inédito no Estado que possa também embasar as políticas públicas do setor, sejam voltadas ao aspecto econômico, social ou ambiental. "Vamos buscar entender o panorama atual e os desdobramentos da produção agroenergética tocantinense, quais os impactos ambientais e sociais, a segurança alimentar, quais políticas existem ou deveriam existir; ir além do agronegócio", explica Marcus Finco. De acordo com Finco, a participação do professor americano contribui justamente para ampliar a diversidade de olhares sobre o tema. A linha de pesquisa de Bailis é pouco encontrada entre estudiosos brasileiros. "Isso complementa a nossa pesquisa, tornando esse mapeamento ainda mais diverso e consistente". Bailis ficará a cargo da análise do ciclo de vida das sementes utilizadas na produção agroenergética, com enfoque diferencial para o balanço de carbono e energético dessas oleaginosas, buscando respostas a uma maior sustentabilidade ambiental da produção. Pesquisadores na primeira reunião: Robert Bailis, Waldecy Rodrigues, Fernanda Finco e Marcus Finco (esq. para dir.) Olhar brasileiro - "Vamos chegar até os subprodutos das sementes, quais os fatores impactantes ou agregadores na economia, no cultivo, na sociedade", diz Bailis. Para ele, uma das grandes diferenças do estudo da agroenergia no Brasil está na importância dada pelo país às questões sociais, pois a produção ainda está bastante ligada à agricultura familiar. "Nos Estados Unidos, a produção agroenergética está vinculada a grandes empresas, ao agronegócio de larga escala. Basicamente temos o milho e a soja dominados por políticas bastante direcionadas ao investimento econômico; já aqui o rol de possibilidades dessa produção é muito maior e com muitas pessoas dependendo da produtividade. Por isso a atenção à inclusão social", afirma o professor americano. A pesquisa, intitulada Cadeias Produtivas Agroenergéticas e Desenvolvimento Territorial no Tocantins: Uma Abordagem Interdisciplinar, inicia no mês de outubro e terá duração de três anos. A iniciativa está ligada ao Mestrado em Desenvolvimento Regional da UFT e foi aprovada pelo Programa de Apoio a Núcleos de Excelência (Pronex), financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Governo do Estado. |
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